Desde então, a ideia de uma
pátria plural, no campo cultural, e de uma identidade híbrida passaram a ser
vistas como fatores altamente positivos. Desde já, procuramos uma pátria sem
identidade, que se torne abertura para a diversidade da experiência humana e
inumana, histórica e supra-histórica. (O tempo da subjetividade, P. 03).
Segundo Pereira:
Estamos, certamente,
mais próximos de conviver em uma sociedade que, por um lado, se reconheça como
múltipla cultural e etnicamente e, por outro lado, reconheça as diversas
diferenças que, para além do tema étnico e racial, habitam o espaço deste
imenso país. Mas, importa salientar que o convívio das diferenças não tem sido
experiência fácil, nem mesmo nos campos da mídia ou da produção cultural de
massa, que procura mais rapidamente se adequar aos novos tempos e às novas
necessidades de consumo. Na escola, o convívio ainda é mais problemático, tanto
dos jovens entre si quanto entre os professores e os jovens. Isso quer dizer
que muito ainda há para ser feito, de modo que aquilo que é glorificado pelos
textos e pesquisas acadêmicas se converta em experiência histórica para todos
os brasileiros. (O tempo da subjetividade, P. 03).
A identidade é constituída
de vivência de mundo, cada indivíduo ingressa em determinado grupo social ou
virtual para ser visto como grupo e não indivíduo individualista.
Conforme Pereira:
De toda a forma, a
questão das identidades apresenta-se como atual e cotidiana, já que não se trata
mais da tentativa de descobrir quem realmente somos ou quais as verdadeiras
raízes da nossa existência. O que está em jogo é construir referências, a
partir de onde os indivíduos e os grupos possam olhar a si mesmos como parte de
algo que ultrapassa os limites do seu presente. Trata-se, antes de tudo, de
construir memória, passado e história, a grupos e indivíduos que, até então,
estavam fora das políticas de pertencimento. Isto é, não pertenciam a uma
história, não tinham um passado e não partilhavam com outros uma memória a
partir da qual pudessem ver a si mesmos de modo afirmativo. (O tempo da
subjetividade, P. 04).
A sociedade deve ser
identificada como espaço desenvolvimento e aprendizagem, ela deve se envolver
nas experiências vividas pelos alunos. Isso significa considerar aspectos
sociais, culturais e históricos.
Referências
PEREIRA, Mullet Nilton. Tempo da subjetividade. Curso de Aperfeiçoamento Produção de
Material Didático para Diversidade 3 Ed. Porto Alegre, 2013