sábado, 17 de novembro de 2018

Infâncias num mundo líquido


Escolho as disciplinas Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I, Infância(s) de 0 a 10 Anos para elencar a minha reflexão de aprendizagem. Atenta as novas vivências e com mais experiência percebo e reflito que a escola é responsável por oportunizar as resoluções de problemas em questão das identidades que fomenta e contribui com a perpetuação de preconceitos e tabus dos mais variados formatos racial, sexual, religioso, econômico-social. Hoje, trabalhando mais diretamente com a gestão da escola percebo que a escola eventualmente vai além dos espaços escolares. O aprender não se restringe apenas na escola e sim fora dela também, pois exige pesquisa, o educador como pesquisador traz a curiosidade para o educando para que assim tenha o entendimento dos conhecimentos adquiridos para que os faça relação do mundo sua realidade social, pessoal e cidadã. Muitos pais se questionam o que seu filho será no futuro ou já faz uma projeção do que serão sem ao menos estarem presentes na vida de seus filhos. Chamo isso de as crenças modernas no progresso humano e em melhorias sociais estariam sendo abaladas pelas configurações do próprio mundo. Há diversos grupos que buscam compreender as especificidades do que é ser/estar em um ambiente escolar, dessa forma há diferentes realidades sociais, educacionais e culturais, e as diversas formas como as pessoas vivenciam as suas condições e como se relacionam. Com o passar dos anos a palavra infância foi delineando-se em diversos campos, hoje há inúmeras infâncias que se transformam a todo instante. Para isso temos o embasamento do estatuto da Criança e adolescente.
Creio que as crianças não estão mais brincando, pois observo isso na escola no qual as tecnologias estão presentes no seu cotidiano. Elucido que o brincar é da essência do ser humano, o professor deve ter o fundamento e o potencial do brincar, assim ele tem o desafio de compreender e estimular as brincadeiras todo potencial dos alunos, pois assim só o conhecimento do pensamento e da criatividade estará sendo exploradas e permitirá o seu desenvolvimento. Com a elaboração das brincadeiras há aulas mais atrativas do que somente as expositivas dialogadas que por diversas vezes torna-se um monologo. Ele oportuniza ao aluno aulas mais participativas os alunos serão menos apáticos.
Ferreiro (2008) informa que a arte é a forma de construir conhecimento, que é uma atividade que envolve inteligência e sensibilidade, mas que influi construção do conhecimento em especial à construção da escrita. Então existe infinitas possibilidade de se aprender desde o desenho até a escrita por si só. Para isso os ensinamentos de Ferreiro tornou-se uma espécie de referência para o nosso ensino, que após algum tempo passamos por chamar construtivismo.

Referências
BORGES, Camila Bettim; CUNHA Susana Rangel Vieira da. Retratos de uma infância contemporânea: os bebês nos artefatos visuais. Textura, v. 17, n. 34, p. 99-111, 2015.

FERREIRO, Emília. Alfabetização e cultura Disponível em<escritahttps://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/emilia-ferreiro-alfabetizacao-e-cultura-escrita/> acesso 01 Out 2018.

____ Emília. Alfabetização em processo. Editora Cortez.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Ed. UNESP, 2000.

KIRCHOF, Edgar; BONIN, Iara, SILVEIRA, Rosa Hessel. A diferença étnico-racial em livros brasileiros para crianças: análise de três tendências. contemporâneas. Revista Eletrônica de Educação, v. 9, n. 2, p. 389-412, 2015.

SARMENTO, Manuel Jacinto. As culturas da infância  nas encruzilhadas da 2ª Modernidade. Braga: Instituto de Estudos da Criança, Universidade do Minho, 2003.

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