Minha alfabetização começou
aos seis anos no qual ingressei sem fazer a pré-escola. Mesmo ingressando com
pouca idade tive muita dificuldade no aprendizado. Minha primeira mestra foi à
professora Liz, mulher de garra que leciona até hoje na mesma escola. Com o
mesmo jeito carinhoso de lecionar para uma comunidade carente na qual resido
até hoje. A professora Liz sempre mostrava o lado “bom” de se aprender, mesmo
com muitos indo à escola somente pela merenda, já que seria a única refeição do
dia, minha mãe, hoje relata que o meio não influenciou no meu comportamento e
maneira de agir. Comparado aos meus colegas poucos ingressaram numa
universidade, muitos o meio os consumiu.
Sempre fui instigada em
aprender cada vez mais, pois meus pais possuíam na época somente ensino
fundamental e eram trabalhadores braçais. E acreditavam e acreditam até hoje
que o estudo evolui o ser humano, que quando não temos como dialogar iremos
baixar a cabeça sempre. Acredito que é quando não temos as respostas iremos nos
submeter aos outros.
Assim, eu alfabetizadora
educadora, tenho uma constante fala com meus alunos que é passar a informação a
eles, eles a processam como conhecimento e a transformam na sabedoria fora da
escola. Acredito também que o papel do professor é fundamental na vida do aluno
mesmo com todas as adversidades que a classe sofre. Portanto vejo-me, como uma
professora que não desiste dos alunos mesmo alguns dizendo “nem meu pai e a
minha mãe se preocupam comigo porque você se preocuparia”, essas palavras são
um desafio para mim. Sou muito humana e quero o melhor, que sejam cidadãos
dignos na sociedade, eu os preparo para a cidadania.
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